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SOMOS MAIS UM ELO NA CORRENTE DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Visando proteger esses crustáceos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis ( IBAMA), instituiu o DEFESO, que é o período de proteção à reprodução das espécies.
O DEFESO foi instituído devido à vulnerabilidade dos caranguejos durante o seu período de reprodução.
No fenômeno chamado de andada, os caranguejos saem, literalmente, andando em busca de seus parceiros para acasalar e ficam muito sensíveis, ocasionando uma intensa captura predatória, pois qualquer pessoa pode pegá-lo.
Como explica a fundadora e coordenadora do Centro de Recuperação de Manguezais (Cermangue) na UFMA, professora Flávia Mochel, nessa época, eles ficam andando e estão muito vulneráveis, sendo que qualquer pessoa pode apanhá-los.
Quem não é profissional, vai catar qualquer um.
Já quem conhece as regras, tem o cuidado de apanhar só os machos.
Mas até essa ação é perigosa, pois prejudica a reprodução, já que cada macho capturado na época da reprodução equivale a uma fêmea que não será fecundada.
Há muitas fêmeas que ficam sem acasalar, comprometendo toda a estrutura social, pois com o crescimento demográfico e a queda na reprodução dos caranguejos, chegará um dia em que eles não mais conseguirão atender à demanda do mercado, informa Flávia.
O DEFESO do caranguejo-uçá tem algumas interrupções ao longo dos meses devido ao fato desse crustáceo ser importante para a economia.
Em vez de ter três meses diretos de interrupção, o DEFESO se dá em determinadas semanas.
O DEFESO tem intervalos de respiros para a economia.
Esses intervalos são determinados pelas marés, que são influenciadas pela lua.
Na lua cheia e na lua nova é que a maioria dos caranguejos sai para acasalar, enfatiza Flávia Mochel.
Durante o período da andada, é terminantemente proibida a captura desses seres, pois eles ficam muito vulneráveis. “Os caranguejos ficam meio tontos durante a andada, não tem os mecanismos de defesa. Eles saem andando aos montes, isso pode prejudicar a preservação”
Em 2013, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) demarcaram os três períodos de Defeso:
de 12 a 17 de janeiro e de 28 de janeiro a 2 de fevereiro
de 11 a 16 de fevereiro
e de 26 de fevereiro a 3 de março;
de 12 a 17 de março
e de 28 de março a 2 de abril.
Mas o DEFESO não ocorre apenas entre janeiro e março, ocorre também em julho, agosto, setembro e outubro, período de desenvolvimento da espécie.
Por ser um crustáceo, ele sai da casca, fica mole e extremamente vulnerável. Nesse período, ele está trocando a carapaça e dando a cria. Há DEFESO nessa época também, pois se interferirem em seu processo de desenvolvimento, ele não cresce, já que o caranguejo passa de 6 a 7 anos para atingir o tamanho adulto.
Portanto, segundo Flávia Mochel, proteger a reprodução desses crustáceos é importante por vários motivos:
Primeiro, por seu direito natural de viver, pois é um componente da biodiversidade do planeta.
Além disso, ele tem grande importância socioeconômica.
“O caranguejo é um recurso alimentar de grande representatividade em comunidades do litoral brasileiro. Há muitas receitas tradicionais e comidas típicas. A manutenção da espécie garante a biodiversidade ambiental, cultural e social, garantindo que as pessoas comam, comercializem e mantenham suas crenças. Esse recurso faz parte da economia de mercado no litoral brasileiro e o Maranhão é líder na maior área de manguezal e, consequentemente, em quantidade de caranguejos.
SOMOS MAIS UM ELO NA CORRENTE DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Visando proteger esses crustáceos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis ( IBAMA), instituiu o DEFESO, que é o período de proteção à reprodução das espécies.
O DEFESO foi instituído devido à vulnerabilidade dos caranguejos durante o seu período de reprodução.
No fenômeno chamado de andada, os caranguejos saem, literalmente, andando em busca de seus parceiros para acasalar e ficam muito sensíveis, ocasionando uma intensa captura predatória, pois qualquer pessoa pode pegá-lo.
Como explica a fundadora e coordenadora do Centro de Recuperação de Manguezais (Cermangue) na UFMA, professora Flávia Mochel, nessa época, eles ficam andando e estão muito vulneráveis, sendo que qualquer pessoa pode apanhá-los.
Quem não é profissional, vai catar qualquer um.
Já quem conhece as regras, tem o cuidado de apanhar só os machos.
Mas até essa ação é perigosa, pois prejudica a reprodução, já que cada macho capturado na época da reprodução equivale a uma fêmea que não será fecundada.
Há muitas fêmeas que ficam sem acasalar, comprometendo toda a estrutura social, pois com o crescimento demográfico e a queda na reprodução dos caranguejos, chegará um dia em que eles não mais conseguirão atender à demanda do mercado, informa Flávia.
O DEFESO do caranguejo-uçá tem algumas interrupções ao longo dos meses devido ao fato desse crustáceo ser importante para a economia.
Em vez de ter três meses diretos de interrupção, o DEFESO se dá em determinadas semanas.
O DEFESO tem intervalos de respiros para a economia.
Esses intervalos são determinados pelas marés, que são influenciadas pela lua.
Na lua cheia e na lua nova é que a maioria dos caranguejos sai para acasalar, enfatiza Flávia Mochel.
Durante o período da andada, é terminantemente proibida a captura desses seres, pois eles ficam muito vulneráveis. “Os caranguejos ficam meio tontos durante a andada, não tem os mecanismos de defesa. Eles saem andando aos montes, isso pode prejudicar a preservação”
Em 2013, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) demarcaram os três períodos de Defeso:
de 12 a 17 de janeiro e de 28 de janeiro a 2 de fevereiro
de 11 a 16 de fevereiro
e de 26 de fevereiro a 3 de março;
de 12 a 17 de março
e de 28 de março a 2 de abril.
Mas o DEFESO não ocorre apenas entre janeiro e março, ocorre também em julho, agosto, setembro e outubro, período de desenvolvimento da espécie.
Por ser um crustáceo, ele sai da casca, fica mole e extremamente vulnerável. Nesse período, ele está trocando a carapaça e dando a cria. Há DEFESO nessa época também, pois se interferirem em seu processo de desenvolvimento, ele não cresce, já que o caranguejo passa de 6 a 7 anos para atingir o tamanho adulto.
Portanto, segundo Flávia Mochel, proteger a reprodução desses crustáceos é importante por vários motivos:
Primeiro, por seu direito natural de viver, pois é um componente da biodiversidade do planeta.
Além disso, ele tem grande importância socioeconômica.
“O caranguejo é um recurso alimentar de grande representatividade em comunidades do litoral brasileiro. Há muitas receitas tradicionais e comidas típicas. A manutenção da espécie garante a biodiversidade ambiental, cultural e social, garantindo que as pessoas comam, comercializem e mantenham suas crenças. Esse recurso faz parte da economia de mercado no litoral brasileiro e o Maranhão é líder na maior área de manguezal e, consequentemente, em quantidade de caranguejos.